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Final de ano: Não faço metas para não me frustar!


À medida que o fim do ano se aproxima, muitos de nós nos encontramos na encruzilhada das resoluções de Ano Novo. "Não faço metas para não me frustrar!" - essa frase ressoa em muitas cabeças e, em partes, faz sentido.

Mas já parou para pensar que, talvez, o motivo pelo qual você não cumpre suas metas de Ano Novo é porque elas não são realmente suas? Vivemos numa sociedade que constantemente nos bombardeia com expectativas. É comum adotarmos metas que parecem ser as “certas” ou as que todos estão perseguindo. A pergunta que devemos fazer é: essas metas refletem verdadeiramente nossos desejos e aspirações?

Somos, sem dúvida, seres sociais e a distinção entre o que é genuinamente nosso e o que é influenciado pelo coletivo é sutil. Uma separação total é utópica, mas um discernimento parcial é definitivamente alcançável.

Uma proposta interessante para este Ano Novo seria criar uma lista diferenciada: uma coluna para "O que eu quero" e outra para "O que eu devo fazer". Após escrevê-las, faça algo radical: exclua a coluna "O que devo fazer". Se algo é verdadeiramente essencial, como compromissos da vida adulta, a sociedade encontrará uma maneira de lembrá-lo.

O foco agora se volta para a coluna do desejo, do "quero". Escolha um item desta lista, aquele que ressoa mais profundamente com você. Esta escolha pode se tornar sua meta genuína para o ano.

Entender e perseguir nossos desejos autênticos é um trabalho desafiador. Muitas vezes, pode levar anos para nos autorizarmos a seguir o que verdadeiramente queremos, um processo que pode envolver muita análise.

Este Ano Novo, desafie-se a olhar além das metas tradicionais. Explore o que realmente faz seu coração vibrar. Lembre-se, o sucesso de uma meta não está em sua conclusão, mas no caminho da sua verdadeira liberdade pessoal.

Feliz Ano Novo! 🌟


Adélia Tabaczinki.


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